Pois é, no passado dia 12 de Outubro partimos rumo a St. Petersburg, na Rússia, para lá passar a bem dizer dois dias, não fomos propriamente em passeio (praticamente), fomos numa visita de estudo acompanhados por dois professores como mandam as regras.
A hora de partida estava marcada para bem cedo, 7 da manha, o que levou a que muitas pessoas fizessem directa para não a perderem, esta foi muito dolorosa uma vez que demorou praticamente um dia, mais de 13 horas dentro de um autocarro é dose.
Entrada na Rússia
Para entrar na Rússia não é nada fácil, nenhum de nós imaginou que tivéssemos de parar umas quatro vezes até passar a fronteira. Passo a explicar, ainda em território finlandês temos uma espécie de check-point onde tivemos de sair do autocarro todos para irmos mostrar o nosso passaporte a uns senhores, depois disso, voltamos a parar, mais ao menos 1 km depois, no meio da estrada onde havia uma espécie de guarita com dois guardas um que levantava a cancela e outro que entrava no autocarro para ver os passaportes, depois de tudo visto, o outro abriu a cancela e entramos então em território Russo, pensámos então que poderíamos guardar os nossos passaportes e seguir viagem, pois, não é bem assim. Passados mais alguns km tivemos novamente de parar num novo check-point parecido com o da Finlândia, mas onde eram, assim por dizer, um pouco mais exigentes (olhavam montes de vezes para os passaportes e havia momentos que até pensávamos que não íamos conseguir entrar), entraram aqui também dentro do autocarro mas desta vez sem ninguém lá dentro. Depois disto ainda voltamos a para outra vez no meio da estrada e com o mesmo procedimento que na primeira vez.
Conforme entramos na Rússia notamos logo diferenças em relação à Finlândia, a estrada era péssima e cheia de buracos, havia montes de lixo nas bermas e passado menos de meia hora de viagem em território russo vimos um brutal acidente.
Também vimos cair neve ainda mal tinha-mos passado a Finlândia (para nós era neve para os nossos colegas habituados a estes climas era apenas chuva), A viagem até St. Petersburg desde que entramos na Rússia foi sempre acompanhada por neve que ia caindo e cobrindo ainda mais de branco as árvores.
Chegada a St. Petersburg
Chegamos a St. Petersburgo já a cair a noite, entramos pelos subúrbios, que não diferem muito dos subúrbio que estamos habituados, e conforme fomos avançado começamos a notar que o transito ali não era nada fácil, demoramos algum tempo até chegarmos ao nosso hotel e durante esse tempo pudemos de certa forma começar a analisar, por assim dizer, o transito pela primeira vez. E então vimos que os amigos russos numa estrada de duas faixas fazem pelo menos mais uma, podendo chegar a existir quatro faixas numa estrada de duas.
Chegamos então ao hotel, muito bom por sinal, onde descarregamos a nossas bagagens e fomos jantar para depois ir repousar para o dia seguinte.
Second Day
No segundo dia fomos despertados pelos telefones do hotel pelas 8 da manha para nos levantarmos, para depois tomar o pequeno-almoço (muito fraco o que era oferecido no pequeno-almoço, nem uns ovinhos mexido havia lol), e irmos então conhecer a cidade.
Fomos de autocarro conhecer a cidade de St. Petersburg, e na primeira hora eu e o Vicente dormimos uma bela cesta, mas pelo que a Daniela e o Coruche nos disseram, não perdemos nada uma vez que tivemos parados mais de uma hora no transito.
Depois mostraram-nos diversos pontos históricos da cidade mas, não sei porquê, só paramos numa igreja THE CATHEDRAL OF CHRIST’S RESURRECTION, para tirar algumas fotos, depois voltamos ao autocarro e continuamos a ver a cidade parando depois mais uma vez noutra igreja, nesta fomos ver o seu interior. Era uma igreja ortodoxa, e todas as raparigas foram “obrigadas” a cobrir as suas cabeças para nesta entrarem. Posso dizer que, não sendo uma pessoa muito ligada a religiões, fiquei deveras impressionado com o interior da igreja tal era a quantidade de ouro que possuía.
Após isto, parámos então para almoçar. Eu, o Coruche e a Daniela fomos com os três russos que aqui estudam e mais alguns colegas comer a um restaurante que segundo eles tinham uns crepes muito bons (parece que na Rússia um dos pratos favoritos deles é crepes, vai-se lá saber porquê…), o almoço foi assim por dizer uma desgraça e acho mesmo que tirando os nossos colegas russos mais ninguém gostou daquilo.
Depois do almoço a tarde ficou por nossa conta e então os nossos colegas russos foram-nos mostrar mais algumas coisas da cidade. Passamos a tarde toda a andar de um lado para o outro e a ver mais algumas coisas que não podemos ver enquanto andávamos no autocarro. Já perto do final do dia fomos ainda a um museu THE STATE HERMITAGE MUSEUM, o museu era enorme e muito provavelmente não devemos ter visto nem 1/5 do que lá havia para ser apreciado. Após isto regressamos ao hotel para ver onde iríamos jantar.
Quando chegados ao hotel pensámos em procurar na internet se existia algum restaurante português em St. Petersurg, enquanto procurávamos descobrimos que a recepcionista falava português (segundo ela aprendeu com uma amigo), o que foi uma preciosa ajuda. Descobrimos então um restaurante que se chamava “Lisboa”, ficamos todos contentes e pedimos então que ela nos chamasse um táxi e que nos escrevesse a morada, uma vez que os russos não falam uma palavra em inglês.
Quando chegados à rua do “Lisboa”, e a chegada não foi nada fácil uma vez que o taxista não dava com a rua, entramos então num túnel que dava acesso ao restaurante, mas, passado o túnel não vimos nenhuma placa a indicar “Lisboa”, resolvemos entrar na mesma, e conforme a empregada veio dissemos com muita naturalidade «Boa Noite», mas a resposta não foi bem a que esperávamos. Sim de facto o “Lisboa” era ali mas, já tinha fechado =( ficámos tristes mas resolvemos jantar por ali, e não nos arrependemos. Tudo muito bom e até havia vinho do porto, que serviu assim por dizer para atenuar a nossa momentânea infelicidade.
Depois de um jantar muito bom regressamos ao hotel onde permanecemos até a manha seguinte.
Third day
Mais uma vez o despertar foi as 8 horas, e neste dia fomos então cumprir a parte da visita de estudo propriamente dita. Fomos primeiro a uma empresa que dá formação a empresários dá por assim dizer acções de formação. Depois fomos a uma padaria ver o seu funcionamento e ouvir as suas estratégias de mercado.
Na parte da tarde a nossa professora levou-nos a um teatro onde vimos as danças tradicionais russas e várias peças de teatro numa espécie de musical. Foi sem dúvida alguma o melhor momento de toda a viagem.
A noite fomos então, como não podia deixar de ser, conhecer a nigth da Rússia, apanhamos todos “táxis” (não era propriamente táxis, na Rússia todos os carros param como táxis para dar boleia a qualquer pessoa, algo estranho e assustador). Fomos então a uma discoteca que não inspirava grande confiança quando entramos, uma vez que numa das paredes tinha pintado SOUL MAFIA, o chão era de cimento e havia uma senhora que ia apanhando as beatas do chão, enfim. Apesar disto tudo correu sobre rodas e todos se divertiram.
O ultimo dia foi o dia do regresso, nada de especial se passou a não ser que tivemos mais uma vez de passar por todos aqueles check-points. Chegamos a Pori já de noite e voltamos à nossa vidinha.
St. Petersburg
St. Petersburg é a segunda maior cidade da Rússia com cerca de 4,6 milhões de habitantes e mais 6 milhões a residirem nas suas proximidades, é uma cidade que a mim particularmente me causou alguma espécie pois tem tanto de bom como de mau, podemos encontrar monumentos espectaculares, praças magnificas, ver um rio enorme, mas por outro lado, muitas das suas ruas são demasiado sujas, o negocio dos táxis que tanto quanto nos vamos apercebendo por estes países é deveras estranho, na Rússia os táxis não tem, mesmo, taxímetro e há vários carros que param para nos levar a todo o lado, basta esticar a mão. O custo de vida não nos parecem muito elevado, isto se comprarmos produtos produzidos internamente, pois tudo o que é importado como constatamos é bastante mais caro. No entanto é uma cidade que vale apena visitar.
Beijos a Abraços
